sábado, 21 de maio de 2011

Pare o Bullying!

Cartaz feito por alunos de uma escola publica no Canadá
para uma das muitas campanhas anti-bullying.

Por que devemos parar o bullying? Porque ele é extremamente perigoso, podendo ser fatal para muitas crianças e adolescentes.
Temos o terrível exemplo da tragédia que ocorreu no Rio de Janeiro. Ela chocou o Brasil e o mundo e chamou a atenção da mídia para um problema que ocorre muitas vezes nas escolas brasileiras: A violência.
Lamento imensamente por todas as vítimas dessa prática, assim como por seus praticantes, pois para mim todos precisam urgentemente de ajuda.

Dedico-me a escrever textos sobre bullying, pois acredito que a conscientização é fundamental para o combate a essa prática. Precisamos nos tornar pais conscientes e entender que o bullying não é uma fase normal da infância ou adolescência e que os seus efeitos podem durar até a idade adulta.

Relaciono abaixo alguns possíveis impactos sobre a prática do bullying.  As informações são baseadas em pesquisas feitas pelas universidades de B.C. Canadá.

Impacto sobre as vítimas:
• Ansiedade
• Solidão
• Baixa auto-estima
• Isolamento
• Depressão
• Dores físicas
• Fugas de casa
• Consumo de álcool e ou drogas
• Suicídio
• Mau desempenho acadêmico
  
Impacto sobre os Bullies (praticantes):
• Envolvimento em brigas freqüentes
• Ser ferido em uma luta
• Vandalismo
• Consumo de álcool
• Fumo
• Baixo desempenho escolar
• Desinteresse escolar
• Desejo de possuir uma arma
• As chances de tornar-se um criminoso aumentam em 60%.

Impacto sobre os Observadores do Bullying (transeuntes, testemunhas e assistentes):
As crianças podem ser influenciados indiretamente por serem testemunhas interpessoais de um gesto de violência, o que pode aumentar significativamente os sentimentos de vulnerabilidade e diminuir o sentimento de segurança pessoal.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Filhos são do Mundo


"Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos. Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente. E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo! Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos  pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor.. . É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós!!!
A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver. "
José Saramago

domingo, 8 de maio de 2011

Jovem transforma madeira velha em violinos



As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach. Assim, os móveis descartados em um terreno baldio se transformam em música no extremo leste de São Paulo.
Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos. "O tampo desse violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria. Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.
O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.
Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso.
"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.
Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.
Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.
"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.
"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.
Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.
"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação.

Fonte: Folha Online